Portugal vai às urnas em eleição que ocorre dois anos antes do previsto

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Os eleitores portugueses foram às urnas neste domingo (10), enfrentando uma escolha entre mudar para um governo de centro-direita ou manter a centro-esquerda no poder, embora nenhum deles pareça ter um caminho claro para uma maioria total no parlamento.

O partido de direita Chega tem crescido em influência e poderia desempenhar um papel nas negociações pós-eleições.

As questões que dominam a campanha no país mais pobre da Europa Ocidental incluem uma crise habitacional incapacitante, baixos salários, falta de saúde e corrupção, visto por muitos como endêmico para os principais partidos.

As mesas de voto abriram às 8h do horário local (5h no horário de Brasília) e fecham às 19h em Portugalcontinental e uma hora mais tarde no arquipélago dos Açores. Os resultados são esperados por volta da meia-noite.

A eleição antecipada, quatro meses após a demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção, novamente provoca o embate os dois partidos centristas – o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD) – que se alternaram no poder desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas.

“Espero que a vida melhore do que é agora”, disse Diamantino Vieira, de 86 anos, à Reuters enquanto aguardava para votar em uma mesa de votação na cidade de Espinho, onde Luis Montenegro, que está à frente da Aliança Democrática (AD) dos partidos de direita, também vai votar.